segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Dependência tecnológica torna-se a doença do século 21



Daniela Fernandes
Paola Faria

O uso da Internet e de aparelhos eletrônicos em excesso pode levar ao tratamento psicológico e até psiquiátrico. Considerada uma das psicopatologias da vida contemporânea, a dependência da tecnologia é uma espécie de compulsão.


 Segundo a psicóloga Silvia Plats “é uma compulsão por informação e comunicação. O excesso gera mecanismo de repetição que compromete a saúde mental”. Essa dependência também está diretamente ligada à velocidade, para Silvia “tudo na vida é mais acelerado, as pessoas vivem em alta velocidade e querem satisfazer suas vontades no mesmo ritmo”.


Tecnose como é conhecida a dependência tecnológica ou síndrome da dependência, pode ser muito semelhante à causada pela dependência do álcool ou das drogas. As características dessa nova patologia são o tempo que a pessoa gasta em frente ao computador, o isolamento do ambiente social e a desatenção em relação às atividades profissionais, acadêmicas e pessoais.


Para Renata Ferreira sua relação com a tecnologia parecia normal, “eu achava que estava tudo bem. No início passava um bom tempo no computador, depois o tempo foi aumentando e chegou ao ponto de eu não conseguir ficar sem, de acessar a internet do celular no meio da rua, de deixar a ir a festas, a sair com amigos. Eu comia na frente do computador, não me importava mais com o mundo lá fora. Foi então que minha mãe preocupada por eu ficar isolada me levou a um psicólogo e foi lá que ele diagnosticou que eu era uma viciada em tecnologia. Com perguntas, ele me fez enxergar que eu sentia mal estar se não estivesse on line o dia inteiro, ficava ansiosa, não me concentrava em nada até chegar em casa e mergulhar no meu mundo, que basicamente se resumia a MSN, Orkut, My Space e jogos. Agora estou em tratamento, tomo ansiolíticos e tenho metas semanais de ficar cada vez menos tempo conectada,  de praticar atividades ao ar livre.

De acordo com um levantamento da Nielsen Telecom Practice Group, o Brasil é o país do celular, apesar do número de aparelhos por habitante ainda estar abaixo da média latino-americana, os brasileiros dividem com o México a liderança no ranking de celulares vendidos na região - que registrou aumento de 5% na venda desses itens durante em 2009, sendo 61% desses aparelhos acoplados com câmeras e 3G.

A dependência tecnológica também é acompanhada do consumo excessivo das chamadas redes sociais, como Orkut, Twitter, Facebook, etc, já que o ciberespaço cria um mundo virtual perfeito para esses dependentes.

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