Ewerton Araujo
Raphaela Ribeiro
A nova tendência que chegou ao Brasil é a comida viva, também conhecida como crudivorismo. Neste tipo de alimentação, predomina o consumo de alimentos crus, como frutas, vegetais, castanhas, sementes, legumes e os grãos germinados. Os alimentos nunca devem ser cozidos a uma temperatura acima de 40ºC, e alguns pratos requerem um tempo maior para serem preparados.
Confira como é o preparo no vídeo abaixo:
Os adeptos a este tipo de alimentação acreditam na existência de inúmeros benefícios que a comida viva pode trazer para vida das pessoas, como por exemplo, alívio e/ou cura de vários problemas de saúde, mais energia, rejuvenescimento da pele e perda de peso, proporcionando uma melhora da saúde de maneira geral.
O recepcionista bilíngüe, Eduardo Corassa, 25 anos, virou adepto ao crudivorismo há 3 anos por conta de problemas de saúde. “O crudivorismo trouxe para minha saúde vários benefícios, pois problemas com os quais eu convivi por muito tempo, como fadiga crônica, alergias, problemas de coluna, entre outros, foram revertidos”, conta.
Para o professor de yoga, João Pandit, 38 anos, ter virado adepto ao crudivorismo há 1 ano e meio só trouxe benefícios para sua vida e profissão, “agora tenho o peso ideal, minha digestão melhorou e, com tudo isso, ganhei mais leveza, o que facilita na prática de yoga”, comenta.
A nutricionista Fernanda Meireles, diz que existem vantagens nutricionais do crudivorismo em relação às outras dietas, “se adequada de maneira correta, garante uma maior variedade de alimentos em relação a outras dietas. Porém, os produtos devem ser frescos e crus fazendo com que os nutrientes dos alimentos permaneçam intactos prontos para serem consumidos e o organismo receba as vitaminas e minerais necessários”.
Um acompanhamento nutricional adequado e muita atenção para a alimentação é indispensável pra quem quer seguir este tipo de dieta. “Uma alimentação variada, com atenção as técnicas de preparo para evitar perda de nutrientes é o mais indicado para quem quer seguir uma alimentação saudável”, completa Fernanda.
Sobre as técnicas de preparo dos alimentos, a nutricionista Bruna Camargo Guimarães explica: “os alimentos crus mantêm os nutrientes que são normalmente destruídos ou modificados durante o processo de cozimento a uma temperatura maior que 40ºC. Isso acontece porque as vitaminas, proteínas e gorduras, em especial, são sensíveis ao calor, sendo então destruídas ou inativadas, sofrendo desnaturação e oxidação durante o aquecimento”.
O corpo humano precisa de uma variedade de nutrientes como: proteínas, carboidratos e vitaminas, que basicamente fornecem energia para a realização das funções normais do nosso organismo.
Dentro de uma dieta crudista, Bruna comenta que os adeptos não encontram grandes problemas com carboidratos, pois estes são facilmente encontrados em frutas (geralmente consumidas cruas). Porém, é improvável que recebam a quantidade ideal de proteína: “nesta dieta são evitados todos os alimentos de origem animal (fontes de proteína), então é muito provável que, através desta dieta, ocorra falta de proteínas no organismo, acarretando problemas de saúde (raquitismo, dores de cabeça, erupções cutâneas, deficiência de ferro, etc.) pois as proteínas são necessárias para formar e manter a massa muscular, o sangue, a pele e os ossos, bem como outros tecidos e órgãos do corpo”, completa.
Tem que comer bem!
Segue abaixo um modelo da pirâmide alimentar que é um guia para uma alimentação saudável e equilibrada:
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