quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Bares viram opção de boleiros em dias de jogos


Marília Varoni
Raoni Frizzo 

Dizem que a paixão pelo futebol não tem limites. O esporte mais popular do planeta não se restringe apenas a um encontro de fieis torcedores apaixonados pelos clubes de suas preferências nas arquibancadas dos estádios. Mais do que isso, o reduto dos adeptos tomou conta também das cidades do interior. Neste cenário, os bares acabam se tornando ponto de encontro dos amantes do esporte.

É freqüente encontrar em cada canto das cidades bares reunindo um tipo de torcedor. O município de Amparo, interior do estado de São Paulo, não foge à regra. Entre os mais conhecidos estão os bares que reúnem torcedores dos três maiores clubes da capital paulista. Corinthians, Palmeiras e São Paulo são representados, respectivamente, pela subsede da torcida organizada Camisa 12, a subsede da também torcida organizada Mancha Alvi-Verde, e o Bar do Roger.


A subsede da Camisa 12 representa a torcida corinthiana. Marcelo Fonseca e Mateus Henrique Viana, membros da torcida, contam que estão com o estabelecimento aberto há aproximadamente cinco meses. Porém, ressaltam que já se reúnem para jogos do time de coração há vários anos e mantém sempre contato direto com os torcedores da capital. Além do futebol, os integrantes da Camisa 12 mostram que futebol e solidariedade podem caminhar juntos. Sendo assim, também promovem ações sociais, como doações de agasalhos, entre outras. Na entrevista do vídeo abaixo, eles contam como é o movimento nos dias de jogos.






Os torcedores apóiam a iniciativa. Adriano Adão de Souza, 21 anos, palmeirense, diz que assistir o jogo com a presença da torcida é muito mais emocionante. “Não importa se o time ganha ou perde. A intenção é reunir a turma, independente da fase do time. Nem tem graça assistir sozinho”, conta o palestrino, que tem até uma carteirinha oficial de torcedor.


Segundo Adriano, a subsede da Mancha Alvi-Verde chega a receber mais de 100 pessoas em dias de clássicos. O dono do bar, também palmeirense, cede o espaço e a televisão, e tem lucro apenas sobre as bebidas. Durante os jogos, nenhum torcedor de outro time pode entrar. “Uma vez pagaram para um cara entrar lá com a camisa do Corinthians. É claro que ele apanhou!”, lembra Adriano.


Rogério Mendes Machado, proprietário do “Bar do Roger”, reduto dos torcedores são-paulinos, há 20 anos, conta que decorou o estabelecimento para atrair pessoas que também gostassem de futebol e pudessem assistir os jogos com ele. Segundo Roger, as outras torcidas também são benvindas no “Morumbizinho”, apelido pelo qual o bar é chamado, como conta no vídeo a seguir:



Mas ainda existem os resistentes. Rodrigo Mônego, 18 anos, corinthiano, conta que prefere assistir os jogos em casa, porque fica muito nervoso. “Com a torcida é muito ruim assistir, eles ficam falando e dando palpite e a gente não ouve o jogo”, reclama. Ele acha que seria mais interessante assistir com um torcedor adversário, para ter uma discussão mais saudável.

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