segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Crianças são tratadas com animais, entre eles uma serpente





Poliana Pontes
Talita Rocca


O projeto "Com Bichos e Sem Grilos", desenvolvido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Jundiaí, adestra animais para auxiliar em atividades educativas e terapias para crianças portadoras de diferentes patologias, como a Síndrome de Down.

Na Associação Bem-te-vi, o projeto vem sendo desenvolvido há três semanas e a partir do próximo ano o contato com os bichos vai fazer parte da grade escolar.



A idade das crianças varia entre 7 e 10 anos. Cães, gatos e roedores e até uma cobra integram o time. A “serpente do milho” foi encontrada em uma casa no Jardim Pacaembu e levada por moradores para o CCZ.

O réptil tem, aproximadamente, 1,20 de comprimento e não é passível de adestramento. "A serpente é tranquila e não tem a presa que injeta veneno. Mostramos aos participantes como a cobra vive e se alimenta. O fato de poder tocá-la atrai as crianças", esclarece Carlos Ozahata, responsável pelo Centro.

Segundo Ozahata, a ideia surgiu durante reuniões do grupo Zoonoses, junto com outras entidades. “Acrescentamos a serpente para que as crianças perdessem o medo de cobras e quebrassem alguns paradigmas”, afirma.

Para Adriana Regina Martins dos Santos, psicóloga da entidade, o projeto contribui em vários aspectos. “Os mais evidentes são para a socialização e também nos trabalhos pedagógicos”, relata.

Além disso, Adriana afirma que em três sessões as crianças já apresentam uma evolução. “Elas melhoram em relação ao medo, interação com os colegas e professores, e em conceitos básicos, como distinguir cores e formas”, relata.

Margarete Turqueto Murari, fisioterapeuta da entidade, afirma que “as crianças com Síndrome de Down apresentam dificuldade em se concentrar e a interação com os animais faz com que elas fiquem mais motivadas e criativas”.



Para fazer parte do projeto, os animais passaram por seis meses de adestramento no CCZ. "Esse treinamento não é rigoroso e foi feito por um funcionário da Zoonoses, especialista em treinamento", comenta Ozahata.

O Centro de Controle de Zoonoses de Jundiaí fica na Rua Prudente de Moraes, 744, Centro.

Brincadeira com pipas está proibida em Indaiatuba




Juliana Felzke
Ingrid D’Elboux

Na sexta-feira, dia 6 de novembro de 2009, o prefeito de Indaiatuba Reinaldo Nogueira (PDT) aprovou a lei que proíbe crianças de empinar pipa e papagaio nas ruas da cidade. A proposta do vereador Osmar Bastos (PDT) (acesse o blog do parlamentar) passou praticamente por unanimidade – dos 12 vereadores, apenas um votou contra.

O objetivo da lei é diminuir o número de acidentes envolvendo o uso do cerol (mistura de cola com vidro moído) na cidade. Segundo os levantamentos da ABRAM - Associação Brasileira de Motociclistas, acontecem cerca de 100 casos por ano no Brasil de acidentes envolvendo linhas com cerol, sendo que 50% (cinquenta por cento) dos casos são graves e 25% (vinte e cinco por cento) são fatais.

Para o vereador, a lei não foi feita para impedir a prática de soltar pipas e sim para ensinar uma maneira saudável e responsável de continuar com uma brincadeira que existe há milhares de anos. Apesar de ficar proibido empinar pipas nas ruas e logradouros da cidade, o Parque Ecológico, que conta com uma área de 15 quilômetros, está liberado para quem quiser levantar vôo.

As críticas ao projeto vieram do vereador Carlos Alberto Rezende Lopes (PT) (clique aqui para acessa o blog do parlamentar). Para ele, não serão apenas os usuários do cerol que serão punidos com essa nova lei: “O problema é que a maioria das crianças que não usam essa substância também será punida.” As punições previstas no projeto são: pagamento de multa (o valor pode chegar à 80 reais) e confisco de objetos.  



Ouça os depoimentos dos vereadores Osmar Bastos e Carlos Alberto Rezende Lopes sobre o projeto de lei.



Fique por dentro:



Proibição gera polêmica entre moradores


A população parece não gostar muito dessa nova lei. Segundo Regina Oliveira, mãe de Daniel, os garotos não vão aceitar essa proibição tão facilmente: “Como pode cobrar multa? Como eu vou controlar? Eu trabalho o dia inteiro, não tenho como impedir ele de brincar na rua soltando pipa”. O filho completa: “E quem não mora perto do parque faz o que? Sobe no telhado de casa? Isso é coisa de quem não tem o que fazer”, reclama o garoto de 15 anos.


Além disso, nem são todos os moradores da cidade que estão sabendo dessa nova lei. Bruno Joaquim Moreira, 13 anos, é um deles: ”Nem sabia que não pode mais soltar pipa. Mas eu não vou ficar procurando parque para empinar não, vou continuar aqui na minha rua mesmo.”

 De acordo com o projeto, as autoridades locais de ensino, em conjunto com o município, deverão promover campanhas alertando contra os perigos de soltar pipas, papagaios e similares em locais proibidos e explicar os danos que o uso do cerol pode causar.

Dependência tecnológica torna-se a doença do século 21



Daniela Fernandes
Paola Faria

O uso da Internet e de aparelhos eletrônicos em excesso pode levar ao tratamento psicológico e até psiquiátrico. Considerada uma das psicopatologias da vida contemporânea, a dependência da tecnologia é uma espécie de compulsão.


 Segundo a psicóloga Silvia Plats “é uma compulsão por informação e comunicação. O excesso gera mecanismo de repetição que compromete a saúde mental”. Essa dependência também está diretamente ligada à velocidade, para Silvia “tudo na vida é mais acelerado, as pessoas vivem em alta velocidade e querem satisfazer suas vontades no mesmo ritmo”.


Tecnose como é conhecida a dependência tecnológica ou síndrome da dependência, pode ser muito semelhante à causada pela dependência do álcool ou das drogas. As características dessa nova patologia são o tempo que a pessoa gasta em frente ao computador, o isolamento do ambiente social e a desatenção em relação às atividades profissionais, acadêmicas e pessoais.


Para Renata Ferreira sua relação com a tecnologia parecia normal, “eu achava que estava tudo bem. No início passava um bom tempo no computador, depois o tempo foi aumentando e chegou ao ponto de eu não conseguir ficar sem, de acessar a internet do celular no meio da rua, de deixar a ir a festas, a sair com amigos. Eu comia na frente do computador, não me importava mais com o mundo lá fora. Foi então que minha mãe preocupada por eu ficar isolada me levou a um psicólogo e foi lá que ele diagnosticou que eu era uma viciada em tecnologia. Com perguntas, ele me fez enxergar que eu sentia mal estar se não estivesse on line o dia inteiro, ficava ansiosa, não me concentrava em nada até chegar em casa e mergulhar no meu mundo, que basicamente se resumia a MSN, Orkut, My Space e jogos. Agora estou em tratamento, tomo ansiolíticos e tenho metas semanais de ficar cada vez menos tempo conectada,  de praticar atividades ao ar livre.

De acordo com um levantamento da Nielsen Telecom Practice Group, o Brasil é o país do celular, apesar do número de aparelhos por habitante ainda estar abaixo da média latino-americana, os brasileiros dividem com o México a liderança no ranking de celulares vendidos na região - que registrou aumento de 5% na venda desses itens durante em 2009, sendo 61% desses aparelhos acoplados com câmeras e 3G.

A dependência tecnológica também é acompanhada do consumo excessivo das chamadas redes sociais, como Orkut, Twitter, Facebook, etc, já que o ciberespaço cria um mundo virtual perfeito para esses dependentes.

Theatro de Paulínia cedia primeiro circuito de dança na cidade


      

Eduardo Costa
Fernanda Custódio

O primeiro circuito de dança de Paulínia estreiou dia 12 de novembro, com público de 700 pessoas. O evento que é uma parceria da prefeitura municipal com mais nove academias de Paulínia e Campinas está sendo realizado no Theatro Municipal.

Durante o circuito serão apresentados 11 espetáculos de diferentes modalidades de dança: ballet clássico, dança do ventre, jazz, contemporâneo, tecido acrobático, hip hop e teatro musical. E mais de 1.400 bailarinos e músicos também farão parte do espetáculo.

O show teve início com a escola de dança do ventre Luciana Festi, com a apresentação Ventos do Saara. De acordo com Luciana, o espetáculo começa com um ano de antecedência. “O espetáculo na verdade começa com um ano antes, nós temos uma preparação muito grande, com escolha de tema, coreografia, com treinos de movimento, então é como se fosse uma graduação para as alunas. Neste ano escolhemos o vídeo do Saara e foram desenvolvidas coreografias em cima disso, em torno da brisa, das miragens, tudo relacionado ao tema”.


Segundo Roselita Beraldo, diretora do departamento de dança da secretaria de cultura, agora as academias participantes e os bailarinos poderão mostrar toda a sua potencialidade, além de criar um calendário que provavelmente se tornará fixo.

As apresentações acontecem até o dia 23 de dezembro, no Theatro Municipal sempre às 20:00 horas. Mais informações pelos telefones: (19) 3874-5700 (Secretaria de Cultura) ou (19) 3874-4724 (Departamento de Dança).


Conheça um da história da dança do ventre com a professora Luciana Festi:


Confira a programação:

25/11 – quarta – Academia de ballet Lina Penteado – Campinas
26/11 – quinta – Studio Ângela Dantas - Paulínia
30/11 e 01/12 – segunda e terça - Clip Academia – Prof. Eliane Benatti - Paulínia
2 e 3/12 – quarta e quinta -  Academia Karina Carvalho - Paulínia
7 e 8/12 - segunda e terça - Corpo de Dança Municipal – Secretaria de Cultura - Paulínia
9 e 10 /12 – quarta e quinta - Ballet e Cia - Campinas
14 e 15/12 – segunda e terça - Departamento de Dança – Secretaria de Cultura – Paulínia
22 e 23 /12 – terça e quarta - Projeto Dança e Cidadania Cia de Dança de Campinas e Orquestra Sinfônica da Unicamp.

Cia Eclipse ganha destaque fora do país







Ewerton Araujo
Raphaela Ribeiro

A Cia Eclipse Cultura e Arte, formada por profissionais de Educação Física e Dança, foi premiada este ano pela FUNART – Fundação Nacional de Artes, e teve boa colocação no mundial na Alemanha – “Battle Of The Year” (Batalha do Ano).

Segundo a coordenadora do grupo, Ana Cristina Ribeiro (Cris), a Cia vai terminar o ano realizada: “Foi um ano de muita luta, como todos os outros, mas esse ano conseguimos uma coisa muito legal que foi o patrocínio da FUNART. Estamos produzindo (desde Agosto) um espetáculo que vai ser apresentado em quatro estados, e tudo bancado por eles”, disse. A produção do espetáculo deve ser finalizada até fevereiro de 2010.

A Cia Eclipse, que também é a representante e organizadora da eliminatória brasileira da “Battle Of The Year”, campeonato mundial de breaking, e da “Campinas Street Dance”, conta com dez integrantes: Kico Brown e Cris (idealizadores do projeto), Lucas e Leo (que começaram junto com os idealizadores), e os dançarinos Glau, Kiko, Kaka, Will, André e Negresco.

São sete anos de história, realização, e êxito próprio, como conta Kico: “Somos só nós que damos aula, que organizamos os eventos, que trabalhamos, que corremos atrás de tudo...No máximo recebemos ajuda voluntária, mas não costumamos contratar ninguém”.

Além dos eventos e das competições que o grupo participa, eles ensinam a dança e a cultura hip-hop a outros grupos gratuitamente.

No mês passado (outubro), a Cia foi para Alemanha disputar as finais da “Battle” e teve dois de seus integrantes bem posicionados: Glau, que foi a sexta no estilo Loking; e Kiko, o quarto no Poping (Confira cada estilo no vídeo a baixo). “Viver de dança no Brasil é difícil, mas com nossas aulas, e conseguindo conquistar uma boa colocação aqui e ali, dá para viver bem fazendo o que gostamos”, comenta Cris.



Para Glau, que saiu dos estilos mais clássicos como ballet e jazz, a Cia não é só um grupo de dança, e sim uma família: “No começo foi muito difícil, eu ficava meio sem jeito, ainda no estilo de ballet, jazz, de ‘menininha’ mesmo, mas eles sempre estiveram ao meu lado me dando força para continuar. A Cia é e sempre será uma família!”, completou.

Mais de 40 pessoas aprendem a dançar de graça na região central






Ewerton Araujo
Raphaela Ribeiro

A “Cia Eclipse Cultura e Arte” ensina e assiste, gratuitamente, em seus projetos e sub-grupo mais de 40 pessoas, entre jovens, adolescentes, crianças e adultos. O objetivo do grupo é divulgar a cultura Hip-Hop dando uma opção na dança aos que se sentem atraídos pelo Rap.

Todos os sábados, a partir das 15h na Estação Cultura de Campinas, são oferecidas aulas gratuitas nos projetos DIVAS e Po.Lo Funk, que são dois dos sub-grupos que a Cia dirige. Os outros são: CLIP (infantil), CLIPSE (sênior), FunkE (adulto) e SAMBA crew.

Segundo Ana Cristina Ribeiro (Cris), coordenadora da Cia, os princípios do grupo seguem a premissa do pai do Hip-Hop, Afrika Bambaata (Zulu Nation): “apoiamos o conhecimento, a sabedoria, a compreensão, a liberdade, a justiça, a igualdade, a paz, amor, união e diversão, o trabalho, a fé e as maravilhas de Deus”, conta.

Para Juliana Martins da Costa, 17 anos, fazer parte do “Grupo Divas” (destinado às mulheres) deu segurança para o seu pai deixá-la continuar dançando, “no começo ele proibiu, foi difícil para mim. Na verdade ele queria que eu fosse engenheira ou coisa do tipo, porém, meu sonho é ser uma grande dançarina, vou fazer de tudo para alcançar isso, e meu pai vendo a estrutura do projeto acabou deixando”, diz.

Não é só para aprender a dançar que os alunos e membros do projeto vão todos os sábados para a região central, Juliana Elisa Borges, 16 anos, explica que o projeto vai além da música e da dança, “o Eclipse é uma formação de vida, é mais que dança! Tudo que eu aprendo aqui eu procuro passar aos outros, acho que esse é objetivo, focar a dança num projeto de vida, para melhorar seu jeito de ser”.

Para 2009, a Cia esta trabalhando na finalização do espetáculo "Pra Viver e Aprender", premiado pela FUNARTE (Fundação Nacional de Artes), e na realização da 10ª edição do evento Campinas Street Dance Festival e na Eliminatória Nacional de Breaking, chamada “Battle Of The Year” (Batalha do Ano, em inglês).

Bartenders: O primeiro emprego pode ser divertido





Renan Flud
Fabiana Andrade



Festas de casamento, debutantes ou formaturas, não são mais as mesmas. Nos últimos anos, contratar garçons para simplesmente servir a bebida não é mais suficiente. Agora, muitos dos eventos contratam os serviços de bartenders.

Entre as habilidades e conhecimentos no preparo de drinks, um bartender precisa conhecer o flair (malabarismos com garrafas, gelo e coqueteleiras) e a  pirofagia (cuspir fogo).

Em Campinas, diversas empresas estão inseridas no mercado de festas e o serviço de bartender se tornou o carro chefe nesse segmento. Por exemplo, contratar três profissionais e a estrutura de bar pode chegar a custar quatro mil reais por noite. Estão incluídos nesse preço, as bebidas e os pagamentos que variam entre 70 e 200 reais para cada um dos bartenders.

Por precisarem de gente jovem, atraente e por não necessitar de grande experiência, muitas dessas empresas oferecem a oportunidade de primeiro emprego para jovens universitários. “Procuramos jovens animados e que estejam procurando um dinheiro extra”, explica Heinque Gomes, proprietário de uma empresa da Região.

Esta oportunidade atraiu Caio Quartiermeister, 19 anos, estudante de educação física. “Trabalho basicamente nos finais de semana, me divirto, vou a festas e ainda ganho um bom dinheiro.”



Mas nem tudo é diversão na profissão: “É preciso paciência no atendimento ao público e aos clientes que tomaram um pouco a mais, sem contar que os horários de trabalho são complicados”, explica Quartiermeister.

 Embora oficialmente a jornada de trabalho de um bartender seja de cinco horas, após as festas é preciso desmontar os bares, carregá-los e levá-los de volta para a empresa. “Muitas vezes mesmo com o serviço do bar terminado, é preciso ficar na festa esperando ela acabar para poder desmontar os equipamentos e isso às vezes leva horas.”

Henrique destaca essa necessidade como uma forma de adquirir maturidade e responsabilidade no primeiro emprego: “Não da pra pensar que é festa, o bartender está lá para trabalhar e animar os clientes.”




GM de Campinas registra mais de 17 mil ocorrências



Henrique Franco
         Juma de Oliveira

A Guarda Municipal (GM) registrou 17.232 ocorrências até o dia 31 de outubro deste ano. Os dados são do Departamento de Estatísticas da Prefeitura de Campinas. A região central do município aparece, assim como em 2008, como a campeã de casos atendidos, foram 715 até o momento.

Em segundo lugar, com números bem inferiores aparece o bairro Taquaral, 99, seguido pelo Bonfim, com 68 registros. Já os bairros com menos incidências são: Jardim Chapadão (14), Bosque (17), Swift (18) e Jardim Guanabara (18).


Confira tabela abaixo:





O tipo de atendimento mais realizado pela GM são os de auxílio ao público, que “vão desde uma senhora caída no chão, que é levada ao hospital e depois acompanhada à sua casa, até um assalto a banco”, como explica Marco Aurélio Sotto, assessor de imprensa da Secretaria Municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública.

Atualmente, a GM conta com um efetivo de 640 guardas, entre homens e mulheres. “Esse número ainda não é o suficiente para a cidade, mas devemos lembrar que a segurança é dever do Estado, devemos contar também com as Polícias Militar e Civil”, afirma Sotto, que explica as funções e procedimentos da Guarda Municipal.




O professor de Direito da PUC-Campinas, José Henrique Specie, analisa o momento da segurança vivido pela cidade. “Não estamos em uma situação tão crítica. A gente percebe que os órgãos têm tentado intensificar o treinamento dos seus efetivos para melhor atender à população”, explica.

Dados do Departamento de Estatísticas da Prefeitura de Campinas apontam que, ao todo, foram 22.500 registros no ano de 2008. Apesar do número atual estar, por enquanto, longe dos registros do ano passado, de acordo com Sotto, o fluxo de pessoas no centro da cidade triplica no final do ano. Os números pulam de 100 para 300 mil pessoas. Para o assessor, até o final do ano, os números devem se equivaler.

Segundo Sotto, acabar com todos os problemas que envolvem a segurança é algo impossível, mas para melhorar esta situação, a solução é haver uma convergência entre todos os setores públicos. “Quando uma nova quadra poliesportiva é inaugurada você está tirando crianças das ruas, quando uma praça é iluminada você está ajudando a segurança, são esses serviços que podem solucionar nossos problemas”. 

domingo, 8 de novembro de 2009

Os anseios que se escondem em uma Miss




Guilherme Spagiari
Giovana Simoni


O concurso Miss Campinas que acontece anualmente elegeu mais uma miss. Como é de se esperar, as 20 candidatas finalistas apresentam muita beleza e simpatia. Porém, apesar dessas semelhanças, é fato que sempre existem desejos escondidos por trás de cada uma delas. Ser Miss pode significar muitas mudanças na vida de uma garota.


Célia Marta Salzedas, 54 anos, foi Miss Marília, com 18 anos, em 1973, e também conquistou o segundo lugar no Miss São Paulo. Ela explica que sempre sonhou em ser manequim e atriz e sabia que o concurso ajudaria muito, por isso participou. Depois de vencer o concurso de Miss da cidade sua vida mudou bastante, conseguiu viajar bastante e conhecer muitas pessoas e principalmente ajudar a sua família. "A visão do meu mundo se ampliou diante das oportunidades que pude vivenciar", afirma Célia.


 Pupilla Ribeiro, 22 anos, descoberta há 2 anos por um olheiro, é uma das candidatas que disputaram o cargo. Ela conta que no início nem pensava em seguir uma carreira que estivesse associada com beleza, pois, envergonhada, sempre fugia das câmeras.


Indecisa sobre fazer faculdade de administração ou publicidade, Pupilla diz que pretende modelar bastante e depois quer montar um negócio para ela e as duas irmãs que também trabalham com moda. “Eu sempre gostei de lidar com as pessoas, com  público, abrir uma loja. Eu sei que eu quero ter um negócio”, esclarece a candidata.


Confira vídeo com Pupilla Ribeiro.



A vencedora Paula Oliveira ganhou uma viagem para Punta Del Leste, R$ 2.500 e vários outros prêmios, além de ser a representante oficial da cidade no concurso Miss São Paulo que ocorre no próximo ano.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ar condicionado pode fazer mal à saúde

Michelle Occiuzzi
Breno Queiroz

O verão não chegou, mas as temperaturas em Campinas já chegam á 30° C. Entrar em um ambiente fresquinho nesse momento é um verdadeiro alívio, mesmo para quem não gosta muito de ar-condicionado. Mas para que esta sensação prazerosa não se transforme num problema de saúde, é preciso tomar alguns cuidados com esse equipamento.

Para resfriar, esses aparelhos absorvem o ar quente do ambiente, extraem a umidade e devolvem um ar bem mais fresco, mas também muito mais seco. Esse ar resseca as mucosas do nariz, da boca e até da laringe e da faringe, causando doenças respiratórias.

De acordo com o cirurgião torácico, Marcelo Manzano Said, um dos problemas mais críticos relacionado ao ar-condicionado é a exposição constante a temperaturas extremas em vários momentos do dia: do clima muito quente para o muito frio e vice-versa. “Essas mudanças bruscas na temperatura são um desafio às defesas do organismo, se o corpo não está preparado, o surgimento de quadros infecciosos acaba sendo inevitável”.

Além do choque térmico que faz mal a saúde, outro fator preocupante é a falta de manutenção do ar-condicionado, tanto no ambiente privado como no público, por isso é essencial a limpeza e higienização do aparelho. Já em automóveis essa preocupação deve ter um cuidado redobrado.  

Atualmente, esse equipamento tornou-se um fator decisório na hora da compra. O aumento das vendas desse sistema se deve não somente às altas temperaturas e ao conforto, mas também a queda de preço do produto e à falta de segurança nas grandes cidades.

“Nos dias de hoje não é possível ficar sem ar condicionado. Primeiro porque o calor é muito grande e segundo porque não dá para andar com os vidros abertos e correr o risco de ser assaltado”, contou o motorista de táxi, Sergio Araújo. “Hoje eu não fico sem ar condicionado no carro, fico com ele ligado de manhã até o final do dia”, completou.

Mas passar tanto tempo com o ar condicionado ligado dentro de um espaço tão pequeno como o automóvel, além dos problemas causados pela baixa umidade no ar e pelas mudanças bruscas de temperatura, o uso desse equipamento pode acarretar outros tipos de doenças.



De acordo com o supervisor de assistência técnica automotiva Leonel Contrera, a manutenção do ar condicionado varia de acordo com o usuário. “Normalmente, os manuais dos carros alertam que a troca do filtro do ar-condicionado deve acontecer de 10 a 15 mil quilômetros. Mas isso depende muito da marca do veículo e da maneira como o motorista usa o equipamento. Se uma pessoa passa o dia todo com o ar-condicionado do carro ligado, esse prazo pode até diminuir. O importante é não deixar esse tempo se estender muito, porque se não o equipamento não funciona da maneira adequada”, explicou.

Já o filtro do ar-condicionado nos equipamentos residenciais ou comerciais, estes devem sempre ser lavados. Mas tanto um quanto o outro, para manter a umidade do ar e garantir a limpeza total do ambiente e do interior do veículo, devem passar por uma limpeza mais profunda. É o que recomenda o especialista em higienização de ar condicionado Franscisco Nere da Silva: “Trocar o filtro do carro e lavar o do equipamento usual, não basta. É importante utilizar um vaporizador com um produto bactericida em todo ambiente. Muitos ácaros ficam nos estofamentos. Nos carros, o ideal é desmontar todo o painel e limpar as peças de todo o sistema”, contou.



Campinas terá um Centro Olímpico a partir de 2010





O que Bruno Rezende, o Bruninho, levantador da seleção brasileira de vôlei, Mauricio, bi-campeão olímpico do mesmo esporte e Danilo Glasser, medalhista paraolímpico tem em comum? Todos começaram a carreira esportiva na região de Campinas e conquistaram medalhas em jogos olímpicos.

A partir do próximo ano, a cidade contará com um Centro Olímpico de formação de atletas visando as Olímpiadas de 2016, que será realizada no Rio de Janeiro. De acordo com o Secretário de Esportes de Campinas, Gustavo Petta, a cidade foi escolhida como sede no sudeste pela localização e pelo projeto apresentado – destacando-se a ampliação do aeroporto de Viracopos e a construção do trem rápido -, e terá todo o apoio do governo federal.

O centro de formação abrigará cinco esportes: badminton, saltos ornamentais, taekwondo, tênis e atletismo. O objetivo é a realização de convênios entre a prefeitura de campinas, ministério dos esportes e confederações de cada modalidade para que sejam desenvolvidos programas de preparação de atletas de Campinas, do estado de São Paulo e de todo o Brasil. O centro também contará com uma vila olímpica, com 120 casas de alvenaria e capacidade para abrigar 1.400 atletas. A pista de atletismo e o complexo aquático estão em fase avançada de obras e devem ser inauguradas no primeiro semestre do ano que vem. 

O Secretário de Esportes de Campinas, Gustavo Petta - completando o primeiro ano no cargo e único presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) a atuar durante dois mandatos em defesa dos direitos dos estudantes - fala para o Saiba + Net sobre a escolha e o andamento do projeto e como Campinas e região se beneficiarão com isso no futuro. 
                                                
Perguntas:

Por que Campinas foi escolhida pelo Ministério dos Esportes para ter o Centro Olímpico na região Sudeste?


Quais são as modalidades que estarão presentes no Centro Olímpico e por qual motivo elas foram escolhidas?

As modalidades que estarão no Centro Olímpico são o atletismo, badminton, tênis, saltos ornamentais e taekwondo. Dessas cinco, três estão confirmadas como projetos nacionais. São o atletismo, badminton e saltos ornamentais. Tênis e taekwondo serão inicialmente apenas para projetos locais. A escolha das modalidades tem a ver com a facilidade que elas encontram na cidade. 



O badminton, por exemplo, não é muito difundido no Brasil, mas que em Campinas tem alguma tradição e também, a Confederação Brasileira fica na cidade. Já no caso do atletismo, a cidade tem um grande potencial, por ter uma população muito jovem. Além disso, o atletismo é um esporte que com pouco recurso, pode proporcionar a geração de novos talentos.

Falando um pouco mais sobre a abordagem local do Centro Olímpico. Ele vai atender aos campineiros ou só será apenas para os atletas de alto rendimento?



E com relação às obras do Centro Olímpico. Como está o andamento?

A pista de atletismo deve ficar pronta em no início do próximo ano. Já o parque aquático está parcialmente pronto. As obras nas piscinas de saltos ornamentais, na olímpica e em parte da arquibancada, deverão estar prontas em fevereiro, numa parceria com a iniciativa privada. No caso das quadras de tênis, já se encontram prontas. Nós estamos só esperando um torneio internacional, que será vai ser feito em feveireiro, para inaugurá-las.



No próximo ano se iniciam as obras do ginásio, com capacidade para seis mil pessoas, das quadras cobertas para treinamento, e também a reforma dos alojamentos. Os espaços de utilização conjunta, que são os estacionamentos e áreas de convívio, também serão finalizados no começo de 2011.



Gustavo, você tem uma estimativa de quantos empregos serão gerados para Campinas logo no começo do projeto? E como o Centro Olímpico de alto rendimento pode melhorar a infraestrutura da cidade?

Vai haver um impacto na geração de empregos, mas nós não temos o cálculo disso ainda. Com certeza só essa parte do atletismo e do parque aquático vai gerar centenas de empregos. Certamente haverá um impacto na região e isso tudo está sendo analisado pelas secretarias, que vão avaliar o impacto, para garantir toda a infraestrutura e um bom funcionamento do Centro Olímpico.

O Centro Olímpico estaria preparado para as Olimpíadas de 2016?


E os atletas paraolímpicos? Serão atendidos pelo projeto?


Campinas poderá ser considerada um pólo esportivo nacional?





Lei de Compensação Ambiental é aclamada por idealizadores e criticada por especialistas



Caio Falcão

Dario Adán
Fernanda Marion




Eventos de grande porte poluem o meio ambiente por gerar lixo,  ter movimento de pessoas e carros, e  também por consumir energia elétrica. Para tentar compensar esse dano e reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera, foi sancionado em Campinas, no último dia 18 de setembro, o Decreto-Lei nº16.773



A nova lei exige que qualquer organizador de evento em espaço público contribua com o plantio de árvores na cidade, seja através do plantio, doação de mudas ou pagamento de uma taxa para o fundo de fins ambientais da Prefeitura, o que gerou controvérsia entre especialistas e organizadores de eventos. O objetivo, a longo prazo, é neutralizar a emissão de gás carbônico na cidade e assim diminuir o chamado ‘efeito estufa’.

Segundo o idealizador da lei, o vereador Luiz Yabiku, ela é inédita no País e foi criada para fazer com que os organizadores de eventos parem de apenas poluir o meio ambiente e passem a ajudá-lo de forma prática. “Não basta só ficar no discurso. É preciso agir e plantar as árvores”, afirma Yabiku. “Não existe outra cidade ainda no Brasil com uma lei desse tipo regulamentada. Toda lei sancionada pelo prefeito e não regulamentada não é praticada. Por isso comemoramos tanto a regulamentação dessa lei, após dois anos de luta. Agora sim haverá uma regra”, explica.


Com o decreto, o pedido de alvará para realização de qualquer evento em espaço público deve informar a média de pessoas e veículos que vão circular, o gasto de energia e a geração de lixo causada pelo evento. Com base nesses números é feito um cálculo de quantas mudas serão necessárias para ‘compensar’ a emissão de poluentes.

Um exemplo recente que ilustra a aplicação da nova norma é o Dia Mundial Sem Carro em Campinas. De acordo com dados da Secretaria do Meio Ambiente, 300 mudas foram doadas pela Secretaria Municipal dos Transportes pela utilização de espaços públicos.     
      
Apesar de considerar a iniciativa boa, o engenheiro ambiental Renato Zelioli, diretor de uma empresa especializada em projetos ambientais para instituições, afirma que ela está longe de ser suficiente para reduzir a emissão de poluentes e há um longo caminho a ser percorrido. Segundo ele, a lei é pouco eficaz porque refere-se somente à emissão de gás carbônico e este é apenas um dos vários gases que agravam o efeito estufa. 






Selo verde: consciência ambiental ou propaganda pura?


Bares viram opção de boleiros em dias de jogos


Marília Varoni
Raoni Frizzo 

Dizem que a paixão pelo futebol não tem limites. O esporte mais popular do planeta não se restringe apenas a um encontro de fieis torcedores apaixonados pelos clubes de suas preferências nas arquibancadas dos estádios. Mais do que isso, o reduto dos adeptos tomou conta também das cidades do interior. Neste cenário, os bares acabam se tornando ponto de encontro dos amantes do esporte.

É freqüente encontrar em cada canto das cidades bares reunindo um tipo de torcedor. O município de Amparo, interior do estado de São Paulo, não foge à regra. Entre os mais conhecidos estão os bares que reúnem torcedores dos três maiores clubes da capital paulista. Corinthians, Palmeiras e São Paulo são representados, respectivamente, pela subsede da torcida organizada Camisa 12, a subsede da também torcida organizada Mancha Alvi-Verde, e o Bar do Roger.


A subsede da Camisa 12 representa a torcida corinthiana. Marcelo Fonseca e Mateus Henrique Viana, membros da torcida, contam que estão com o estabelecimento aberto há aproximadamente cinco meses. Porém, ressaltam que já se reúnem para jogos do time de coração há vários anos e mantém sempre contato direto com os torcedores da capital. Além do futebol, os integrantes da Camisa 12 mostram que futebol e solidariedade podem caminhar juntos. Sendo assim, também promovem ações sociais, como doações de agasalhos, entre outras. Na entrevista do vídeo abaixo, eles contam como é o movimento nos dias de jogos.






Os torcedores apóiam a iniciativa. Adriano Adão de Souza, 21 anos, palmeirense, diz que assistir o jogo com a presença da torcida é muito mais emocionante. “Não importa se o time ganha ou perde. A intenção é reunir a turma, independente da fase do time. Nem tem graça assistir sozinho”, conta o palestrino, que tem até uma carteirinha oficial de torcedor.


Segundo Adriano, a subsede da Mancha Alvi-Verde chega a receber mais de 100 pessoas em dias de clássicos. O dono do bar, também palmeirense, cede o espaço e a televisão, e tem lucro apenas sobre as bebidas. Durante os jogos, nenhum torcedor de outro time pode entrar. “Uma vez pagaram para um cara entrar lá com a camisa do Corinthians. É claro que ele apanhou!”, lembra Adriano.


Rogério Mendes Machado, proprietário do “Bar do Roger”, reduto dos torcedores são-paulinos, há 20 anos, conta que decorou o estabelecimento para atrair pessoas que também gostassem de futebol e pudessem assistir os jogos com ele. Segundo Roger, as outras torcidas também são benvindas no “Morumbizinho”, apelido pelo qual o bar é chamado, como conta no vídeo a seguir:



Mas ainda existem os resistentes. Rodrigo Mônego, 18 anos, corinthiano, conta que prefere assistir os jogos em casa, porque fica muito nervoso. “Com a torcida é muito ruim assistir, eles ficam falando e dando palpite e a gente não ouve o jogo”, reclama. Ele acha que seria mais interessante assistir com um torcedor adversário, para ter uma discussão mais saudável.