Poliana Pontes
Talita Rocca
Dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) mostram que as micro e pequenas empresas têm risco maior de falência e a taxa de mortalidade chega a 60% nos três primeiros anos de funcionamento.
Em Jundiaí, nas primeiras semanas de setembro, entre os dias 1 e 18, foram efetuados no Balcão do Empreendedor – serviço oferecido pela Prefeitura para facilitar os processos de constituições e baixas - 534 cancelamentos de registros de empresas, o que inclui também os cadastros de pessoa física.
Nos outros meses, de janeiro a agosto deste ano, em um dos postos da Junta Comercial da cidade foram 169 registros de empresas cancelados.
Segundo Everton Ubirajara Araújo da Silva, economista, o principal fator que leva uma empresa a falir é a falta de informação. “Não adianta tentar abrir algo que não se tenha conhecimento. Esse é o principal motivo para esse índice tão alto”, afirma.
Além disso, Ubirajara também associa o índice à facilidade no processo de abertura de empreendimentos. “Pelo fato de alguns estabelecimentos, como lan house e pet shop, terem baixa barreira de entrada, ou seja, pouca burocracia, as pessoas sem entender sobre o assunto arriscam e abrem um CNPJ, mas logo fecham as portas. O que já é considerado falência”, explica.
Para o empresário Bruno Schiavi, que fechou seu empreendimento este ano, a falta de preparo e de apoio foram os principais motivos para o fechamento da empresa. “Abri uma franquia e só recebi apoio da franqueadora no início. Assim que percebi que o negócio não estava dando certo, desisti”, explica.
Schiavi faz um alerta para os que querem montar a própria empresa: procurar entender sobre o segmento. “Eu e meu sócio não conhecíamos o ramo de franquias e, além disso, escolhemos a franqueadora errada”, afirma.
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