Premiado e consagrado nacional e internacionalmente, Roberto Burle Marx foi um dos maiores paisagistas do século, além de ter se dedicado às artes, desenho, pintura e arquitetura.
Burle Marx nasceu em quatro de agosto de 1909 em São Paulo e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1913, onde permaneceu até sua morte, em 1994. Afirmava-se como um “carioca de espírito”, o que caracteriza a presença de símbolos tipicamente cariocas nas composições dos ambientes da mostra, como o Calçadão e o Cristo Redentor.
A partir de uma viagem à Alemanha, as plantas tornaram-se foco da atenção de Burle Marx, que passou a cultivar, colecionar e buscar espécies raras e exóticas dentro e fora do país. Sua atração pela natureza fez dele um defensor na preservação do meio ambiente.
Em 1949, Marx adquiriu com seu irmão o Sítio Antônio da Bica, no Rio de Janeiro, que hoje leva seu nome. Em uma área de cerca de 600 mil m², o paisagista reuniu uma importante coleção de plantas tropicais e semi-tropicais, totalizando 3.500 espécies, inclusive algumas em extinção.
O Sítio foi doado em 1985 ao governo federal, hoje administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com a intenção de Burle Marx de garantir a integridade do espaço paisagístico-cultural e preservar o Jardim criado por ele, além de criar uma escola dedicada à botânica e às artes.
O paisagista é responsável pela autoria de mais de 2 mil projetos espalhados pelo mundo, entre eles, o Parque do Ibirapuera, em São Paulo; o Parque do Flamengo (1961), no Rio de Janeiro; o Jardim Interno da sede da UNESCO (1963), em Paris; Jardim do Palácio do Itamaraty (1965), em Brasília; e o Canteiro central e calçadão da praia de Copacabana (1970), no Rio de Janeiro.
Burle Marx também executou obras em associação com Oscar Niemayer e Lúcio Costa, como a Pampulha, em Minas Gerais.
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