quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Uso de medicamento para tratar úlcera provoca aumento de abortos em Campinas



Um medicamento indicado para tratamento de problemas relacionados à úlcera gástrica tem sido usado para fins abortivos. É o que revelou uma pesquisa feita pela ginecologista Daniela Fornel de Oliveira Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, em Campinas.

O estudo, realizado no período de junho de 2008 a abril de 2009, nos hospitais públicos da cidade, divulgou um aumento de 48% nos casos de interrupção de gravidez na cidade. O que chamou a atenção da pesquisadora foi o baixo índice de complicações das pacientes devido ao uso da droga.


O remédio, que não é vendido em farmácias, pode ser encontrado facilmente no  mercado paralelo com preços entre R$ 50,00 e R$ 400,00.  O que atrai as consumidoras é o fato de que, diferentemente de outros métodos que podem, inclusive levar à morte, a droga reduz os riscos, tem poucos efeitos colaterais e quase não apresenta sinais de indução. “Em determinados casos de aborto terapêutico, o seu uso é re­comendado, mas só pode ser feito em hospitais”, explica Daniela.

A organização Mundial da Saúde estima que mais de 30% das gestações no Brasil terminam em aborto, o que significa perto de 1 milhão de interrupções de risco, atingindo mais as mulheres de baixa renda. Estatísticas mundiais indicam que uma mulher morre a cada três minutos em decorrência do aborto inseguro. De acordo com a UNICEF, os abortos sem segurança causam 12% das mortes entre mulheres grávidas na América latina.


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