quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Remédios contra impotência, hipertensão e colesterol ficarão mais barato em 2010





Caio Falcão
Darío Adán
Fernanda Marion

Em 2010 vencem as patentes dos medicamentos Diovan (contra hipertensão), Lípitor (contra colesterol alto) e o famoso Viagra (contra impotência sexual). Assim, fica autorizada a produção e venda de suas versões genéricas, que custam, por lei, no mínimo 35% menos que os remédios de marca.

“O medicamento genérico é bem mais barato que o de referência. Esse preço se justifica, principalmente, porque a pesquisa para a produção de um produto genérico é bem mais simples que a de um produto inovador, inédito, de marca”, explica Renata Alves, analista de Patentes da Medley Indústria Farmacêutica, uma das três maiores produtoras de genéricos no Brasil.



Além da exigência em relação ao preço, o Genérico deve ter a mesma fórmula farmacêutica e a mesma substância ativa. Ou seja, precisa ter o mesmo efeito do medicamento de referência. “O produto genérico tem que ser igual ao produto de referência. Tem que ser praticamente uma cópia para agir da mesma maneira no organismo”, completa Renata.

Essa equivalência é cientificamente comprovada através de testes e pesquisas. Mas isso não é o suficiente para convencer o consumidor que o Genérico é igual ao remédio de referência. É o que afirma o farmacêutico Marcos Vivas, da Superfarma do distrito de Barão Geraldo, em Campinas: “Já aconteceu de o cliente trocar o remédio de referência pelo genérico e reclamar que não obteve o mesmo efeito. Mas isso é só impressão, já que a fórmula é submetida a rígidos testes antes de ser lançada no mercado”, explica.




Apesar de não serem unanimidade entre os clientes, os medicamentos genéricos já representam 18% do mercado brasileiro, de acordo com Armando Martinelli Neto, coordenador de Comunicação da Medley. Um bom exemplo desse sucesso é a farmácia onde Vivas trabalha. “Vendemos duas vezes mais medicamentos genéricos que de marca. É algo que varia de região para região. Há locais onde os consumidores não têm resistência aos medicamentos genéricos e valorizam mais o preço baixo do que em outros onde o poder aquisitivo é maior”, afirma.






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